Texto: Leonária Araújo

Ao longo dos anos, vários engenheiros obtiveram êxito na busca pela inovação e conseguiram alavancar o conhecimento. Alguns se sobressaíram devido à capacidade intelectual e à qualidade do trabalho. Esse é o caso do engenheiro Henry Ford.

Henry Ford. Fonte: <https://rowellsapushistory.wikispaces.com/Mass+Consumption+Economy+1st >

Esse engenheiro norte-americano foi capaz de revolucionar a indústria automobilística através de novas técnicas de fabricação e montagem de automóveis, o que potencializou o processo de produção e diminuiu os custos. Assim, Ford criou o Fordismo (sistema de produção em massa).

Nascido em 30 de julho de 1863, na cidade norte-americana de Springwells, Henry Ford desde criança mostrou sua habilidade com equipamentos e máquinas, montando e desmontando variados dispositivos a fim de entender como funcionavam.

Aos 16 anos, mudou-se para a cidade de Detroit e começou a trabalhar como aprendiz de mecânico. Essa experiência assegurou um emprego como reparador de motores a vapor. Foi nessa época que Ford construiu seu primeiro motor a vapor.

Em 1891, Ford assume o cargo de engenheiro na Edison Illuminating Company, em Detroit. Nessa empresa, tornou-se engenheiro-chefe e, em 1893, monta o primeiro motor de combustão interna. O modelo consistia em um quadriciclo de propulsão independente movido à gasolina.

Quadriciclo de Ford.  Fonte:<http://www.carcanyon.com/when-was-henry-ford-invented-the_DhVmNo9ahK1zOj7k9YYnorlLmbXhHXnz7nGN8Kgwnp8/>

Dez anos após o primeiro protótipo, Henry Ford funda a Ford Motor Company. Essa empresa, diferentemente das outras, estava voltada para linha de montagem em massa, visando carros simples e populares. A produção automobilística em larga escala substitui aquela antes feita de forma manual e artesanal. Assim, o Ford T surge, sendo colocado à venda em 1908. Esse modelo apresentava várias inovações, algo que foi imitado por diversas companhias. Sua invenção tornou-se um feito histórico, alcançando 57% de todo o mercado mundial de automóveis.

Fase final da fabricação do Modelo T. Fonte:<https://www.estudopratico.com.br/fordismo/>

Linha de produção. Fonte:< http://www.hhhistory.com/2015/10/on-this-day-in-1913-american-lives-were.html>

Buscando diminuir ainda mais o valor do modelo T, Ford fundou a fábrica de Highland Park onde quase tudo era feito na própria unidade. O sistema Era formado de uma esteira rolante que guiava os automóveis, e cada funcionário montava parte do veiculo no seu respectivo local, ou seja, não havia deslocamento e tampouco revezamento de atribuições. Assim, em cada estação da indústria era dada uma peça ao veiculo até a montagem completa. O procedimento tinha como finalidade ampliar a produção de maneira eficiente e buscar também a redução do preço final para que conseguisse aumentar as vendas.

Ford estabeleceu salários mais elevados e reduziu a jornada de trabalho para 8 horas diárias. Dessa forma, seus funcionários tornaram-se consumidores do Ford T. Em 1926, já possuía 88 usinas e já empregava milhares de pessoas, produzindo 2 milhões de carros por ano.

Porém, em 1927, houve uma grave redução nas vendas devido ao aumento do padrão de vida (busca por modelos mais modernos) e ao crescimento da concorrência, o que acarretou a suspensão da produção do modelo T. Nessa época, esse modelo completou 15.007.034 unidades vendidas nos EUA, sendo 15.484.781 no mundo. O T foi eleito décadas mais tarde como o Carro do Século.

A partir desse ano, Ford passou a enfrentar novos desafios. Problemas com sindicato, queda nas vendas do modelo T, concorrência com outras fabricantes, dentre outros. Nesse momento sua famigerada frase “o cliente pode ter o carro que quiser contanto que seja preto” teve que ser substituída pela busca de novas formas de reconquistar o lugar da empresa no mercado.

Com o apoio de seu filho Edsel, no final de 1927, Ford projetou o Modelo A produzindo mais de quatro milhões de unidades, com mais de cinquenta mil pedidos para o dia do lançamento. Foi feito um alto investimento em publicidade, sendo o maior efetuado até então.

Depois disso, a Ford passou a aderir um sistema de mudança anual de modelo, parecido com o que é utilizado pelos fabricantes de automóveis atualmente.

Henry Ford faleceu em 7 de abril de 1947, em Dearborn, nos EUA, deixando um enorme legado. Além de impactar a indústria mundial, registrou mais de 160 patentes e criou o sistema de franquias. Hoje é considerado um dos mais importantes nomes da administração contemporânea.